quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Apenas é


Meu amor, a vida inteira,
Tive medo de não ver
Paixão que não fosse criada
Amor de verdade acontecer

Vi estrelas apagarem
Vi o fogo fazer cinzas
Flores desabrocharem
Das densas sombras às luzes mais lindas

E a luz me cegou
E a paixão veio em cheio
O céu desabou
E o azul se tornou vermelho

E aí eu vi que não há fé aonde há medo
E é preciso acreditar no amor
Não é estranho eu crer em você
E você nem se quer tentar se livrar da dor?

Quem acredita não pensa
Apenas sabe, apenas é
Quem é rico dá valor ao poder
e por isso não anda com a ralé

Conhecimento é burrice disfarçada de saber
Sabedoria é entendimento disfarçado de poder
E o poder é fraqueza disfarçada de força
Para o teatro da mente novamente florescer

No fim todas as cores são branco
Até que a luz se extingue, e aí são negro
No silêncio venenoso morre o falso
Somem as ilusões e resta o homem íntegro

Sem luz não há o que ver,
sem ver não há o que imaginar, 
sem imaginar não há o que dar a preencher, nem a que faltar,
sem falta não há o que doer,
e sem dor não há o que temer.

Surge a liberdade novamente,
Do puro fato de ser,
Da morte do falso eu
E também da falsa você

Surge amor novamente, dessa vez de verdade
Sem paixão, sacrifício e piedade
Apenas dois pássaros voando 
cada um para onde seu vento levar.

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